terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O lado castiço


Há quem tenha "vício de cozido", diz uma comensal enquanto se serve novamente no buffet exposto na sala sobranceira às traseiras da Estação de Santa Apolónia. No Faz Figura há espaço, luz e cor, tanto nas salas quanto no terraço e no reservado anexo que parece avançar para o rio. A ementa revela dois conceitos que lhe servem de base: conjugar os pratos da cozinha tradicional portuguesa com outros mais requintados, mas sem levar longe o arrojo. Totalmente remodelado em 2006, quando o terraço se fecha, é tempo de começar a servir cozido aos domingos. Chegada a chuva e o frio, eis as condições meteorológicas ideais para degustar um belo cozido à portuguesa. E o do Faz Figura tem algumas "nuances", como a abóbora, a batata-doce ou pêra (ideal para desenjoar); nas carnes, além do porco e da vaca, não foi esquecida a requisitada orelha fumada; os enchidos alentejanos, bucho e de porco preto, maioritariamente, o chouriço de cebola. "Um bom enchido salva um cozido", assegura Pedro Dias.  Como é que uma série de ingredientes cozidos se torna num prato tão rico? A dúvida pertence a Pedro Dias, anfitrião do Faz Figura juntamente com o pai e o irmão. A opção de servir o cozido em formato buffet permite a cada pessoa comer apenas o que gosta, e mais do que uma vez! É o "lado mais castiço do cozido", refere Pedro.

Faz Figura R. do Paraíso, 15 B, Lisboa

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